“Melhor lhe fora…” — Um clamor de mãe contra a adultização infantil
Por uma mãe
“Qualquer, porém, que fizer tropeçar a um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho e fosse afogado na profundeza do mar.” – Mateus 18:6
Sou mãe, e como cristã, leio este versículo com temor e tremor. Jesus não mede palavras ao falar sobre aqueles que corrompem, escandalizam ou desviam crianças. A adultização infantil que hoje vemos tão escancarada nas redes sociais — denunciada recentemente pelo youtuber Felca — é apenas a ponta visível de um problema muito mais antigo e profundo.
Felca trouxe à luz algo que choca: meninas e meninos expostos a roupas, músicas e comportamentos que não condizem com sua idade, tratados como mini-adultos para entretenimento e lucro. Mas a verdade é que a internet não criou isso. Ela apenas expôs uma ferida aberta que há décadas se espalha em nossa sociedade. Festas, programas de TV, músicas, desfiles, escolas e até famílias têm normalizado o que Deus condena: a perda da pureza e da inocência infantil.
Vemos crianças vestindo roupas sensuais, ouvindo músicas de conteúdo sexual, sendo expostas a conversas e assuntos para os quais não têm entendimento. Isso é violar a ordem que Deus estabeleceu. A infância é tempo de aprender o temor do Senhor, de brincar, de crescer com segurança, e não de carregar fardos de adultização.
A Bíblia nos lembra que já nascemos pecadores (Salmo 51:5; Romanos 3:23). Se não ensinarmos nossos filhos no caminho do Senhor desde cedo (Deuteronômio 6:6-7; Provérbios 22:6), a inclinação natural deles será para o mal. A cultura mundana já oferece o cardápio de pecado — se nós, pais, não formos intencionais na instrução bíblica, quem vai moldar o coração deles será o mundo.
Hoje, até desenhos e programas infantis carregam mensagens de sensualidade e ideologias contrárias à Palavra de Deus. Por isso, monitorar o que nossos filhos veem, ouvem e aprendem não é exagero, é obediência. É amar. É proteger.
A Bíblia sempre nos ensinou que a pureza das crianças deve ser guardada e que os pais têm papel ativo na formação espiritual e moral de seus filhos. Este não é um assunto moderno; é uma batalha antiga. A diferença é que hoje o mal está mais escancarado e mais acessível.
Como mãe, faço um apelo: não tratemos como “normal” o que Deus chama de pecado. Não permitamos que a cultura mundana dite o que é certo para nossos filhos. Defendamos suas mentes e corações, ensinando-os a amar a Deus e rejeitar o mal. Porque Jesus nos advertiu: fazer tropeçar um pequenino é tão grave que seria melhor morrer do que enfrentar o juízo de Deus por isso.
O que é adultização infantil e por que é perigosa
Adultização infantil é expor crianças e adolescentes a comportamentos, roupas, músicas, conversas e contextos que pertencem ao universo adulto, roubando-lhes a pureza e a fase natural de desenvolvimento.
Isso inclui desde roupas sensuais e músicas com conteúdo sexual, até participação em eventos e conversas para as quais não têm maturidade.
O que a ciência diz sobre a maturidade do cérebro infantil e adolescente
A neurociência mostra que o cérebro humano só alcança plena maturidade por volta dos 25 anos, especialmente na área responsável por autocontrole e avaliação de riscos. Se adolescentes ainda não têm maturidade completa, imagine uma criança sendo exposta precocemente à sexualidade e pressões adultas.
Monitorar não é exagero — é amor
Ensinar, corrigir e acompanhar de perto o que nossos filhos veem, ouvem e aprendem não é ser controlador demais — é obedecer a Deus e amar de forma prática.
Como proteger nossos filhos de uma cultura que chama o mal de bem
- Ensine a Palavra de Deus diariamente.
- Acompanhe o que eles assistem, ouvem e leem.
- Seja exemplo de pureza e santidade.
- Não normalize comportamentos que Deus condena.
- Ore pedindo discernimento e proteção.