O Carnaval é amplamente celebrado no Brasil e em diversas partes do mundo. Considerado por muitos como uma expressão cultural, essa festa carrega consigo valores, práticas e um peso espiritual que são incompatíveis com os princípios da fé cristã. Neste artigo, vamos abordar o porquê de o Carnaval ser uma influência negativa para crianças cristãs, a história e as implicações espirituais dessa celebração, e textos bíblicos e reformados que alertam contra sua participação.
A Origem e o Significado do Carnaval
O Carnaval tem suas raízes na Antiguidade, especificamente em festas pagãs como as Saturnais romanas e as celebrações em honra ao deus Baco (deus do vinho e da orgia). Essas festividades eram marcadas por banquetes, bebidas, danças e inversões de valores morais.
Com o passar dos séculos, o Carnaval foi assimilado pela Igreja Católica, sendo celebrado como um período de “excesso” antes da Quaresma. No entanto, essa assimilação manteve sua essência pagã. A palavra “Carnaval” deriva de “carne levare”, que significa “remover a carne”, mas paradoxalmente, a festa tornou-se um símbolo da carnalidade.
No Brasil, o Carnaval ganhou traços próprios, misturando elementos culturais e espirituais africanos, indígenas e europeus. Atualmente, ele é conhecido mundialmente por sua ligação à sensualidade, promiscuidade e permissividade, além de ser um período em que práticas religiosas de matriz africana são intensificadas. Muitos terreiros de candomblé e umbanda suspendem suas atividades para que os “santos” estejam “nas ruas”, conforme a crença de seus adeptos.
O Carnaval e a Espiritualidade
A Bíblia é clara sobre a importância de nos afastarmos de práticas que promovem o pecado e a idolatria. O Carnaval, ao ser marcado por excessos, promiscuidade e a ausência de valores cristãos, entra em choque direto com os ensinamentos bíblicos.
- Promiscuidade e Perversão Sexual:
O Carnaval é associado a comportamentos que a Bíblia reprova claramente. O apóstolo Paulo exorta:- “Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da imoralidade sexual” (1 Tessalonicenses 4:3).
- “As obras da carne são manifestas: imoralidade sexual, impureza e libertinagem” (Gálatas 5:19).
- Bebedeiras e Excessos:
No Carnaval, o consumo de álcool é incentivado e excessivo. A Bíblia adverte contra isso:- “Não vos embriagueis com vinho, no qual há devassidão, mas enchei-vos do Espírito” (Efésios 5:18).
Expor crianças a esse ambiente é legitimar o uso de substâncias nocivas no futuro.
- “Não vos embriagueis com vinho, no qual há devassidão, mas enchei-vos do Espírito” (Efésios 5:18).
- Idolatria e Pactos Espirituais:
Muitos desfiles e blocos de Carnaval são dedicados a entidades espirituais específicas, com cânticos e homenagens explícitas. A Palavra de Deus alerta:- “Não terás outros deuses diante de mim” (Êxodo 20:3).
- “Participar da mesa do Senhor e da mesa de demônios não é possível” (1 Coríntios 10:21).
Ao permitir que crianças participem dessas festividades, os pais abrem uma porta para influências espirituais prejudiciais.
Reformadores e o Carnaval
Os reformadores protestantes sempre foram firmes em sua condenação a práticas que estimulam a carnalidade e a idolatria. João Calvino, por exemplo, enfatizava que o cristão deveria viver uma vida de santidade e separação do mundo. Ele escreveu:
- “O coração do homem é uma fábrica de ídolos.” (Comentário sobre os Salmos)
O Carnaval, ao promover a idolatria e os prazeres carnais, é um exemplo claro dessa verdade.
Martinho Lutero também condenava a ideia de excessos e indulgências como algo que desonra a Deus:
- “Onde Cristo reina, a carne é crucificada.”
Participar de festividades que exaltam a carne vai contra o chamado cristão à santificação.
Os puritanos, influenciados pelos reformadores, proibiam celebrações semelhantes em suas comunidades. Eles entendiam que festas como o Carnaval afastavam as pessoas da verdadeira adoração e promoviam uma atmosfera de pecado.
Os Riscos de Expor Crianças ao Carnaval
- Legitimar Comportamentos Futuros:
Como mencionado, permitir que uma criança participe do Carnaval, ainda que em blocos infantis, é dar aval para que, no futuro, ela veja essas festas como normais. Quando adulta, essa criança pode ser atraída por festas regadas a álcool, drogas e promiscuidade. - Abertura Espiritual:
O Carnaval é um evento espiritual, com raízes em práticas pagãs e cultos a entidades espirituais. Permitir que crianças participem é colocá-las em um ambiente espiritualmente perigoso. - Desconexão com os Valores Cristãos:
Crianças expostas ao Carnaval absorvem mensagens que contradizem o ensino bíblico. Isso pode criar um conflito interno e uma dificuldade maior em aceitar os valores cristãos em sua plenitude.
Alternativas Cristãs para as Crianças
Os pais cristãos devem ser proativos em oferecer alternativas saudáveis e edificantes durante o período do Carnaval. Algumas sugestões incluem:
- Retiro Espiritual:
Muitos acampamentos cristãos oferecem atividades específicas para crianças, ensinando valores bíblicos de forma divertida. - Atividades em Família:
Dedique o feriado para momentos de qualidade com seus filhos, como estudos bíblicos, brincadeiras e passeios. - Cultos Especiais:
Igrejas podem organizar cultos voltados para crianças, com músicas, histórias bíblicas e dinâmicas.
O Chamado Bíblico aos Pais
A Bíblia dá aos pais a responsabilidade de ensinar e proteger seus filhos:
- “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele” (Provérbios 22:6).
- “E vós, pais, não provoqueis à ira os vossos filhos, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor” (Efésios 6:4).
Permitir que os filhos participem de celebrações como o Carnaval vai na contramão desse chamado.
Conclusão: Um Posicionamento Claro e Firme
Como cristãos, somos chamados a ser luz no mundo e a nos separar de práticas que desonram a Deus. O Carnaval, com suas raízes pagãs, ambiente de promiscuidade e perigos espirituais, é incompatível com a fé cristã.
Os pais devem compreender que educar seus filhos no caminho do Senhor exige vigilância e coragem para nadar contra a corrente cultural. Não basta levar os filhos à igreja; é necessário protegê-los das influências que podem afastá-los de Deus.
Que possamos seguir o conselho de Josué:
“Eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Josué 24:15).