O Chamado da Mãe Cristã na Maternidade Real

Há uma imagem que se repete em muitos discursos sobre maternidade: aquela da mulher de antigamente, com um avental florido, filhos ao redor, sorriso calmo e mãos ocupadas com a casa. Essa imagem, apesar de bela e simbólica, muitas vezes se torna um ideal inalcançável para as mulheres de hoje. E muitas mães cristãs acabam se perguntando:
“Será que eu também fui chamada para a maternidade, mesmo sendo tão diferente daquela mulher da pintura antiga?”

Sim. O chamado continua.
Ele não se baseia em um modelo cultural ou em uma época específica. O chamado da maternidade é um privilégio concedido por Deus — e ele permanece vivo para a mãe cristã real, que trabalha fora, que paga contas, que se desdobra entre filhos, tarefas e responsabilidades.

“E criou Deus o homem à sua imagem… homem e mulher os criou. E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra” (Gênesis 1:27-28).

O mandato cultural não foi dado apenas à mulher da antiguidade. Ele é atemporal. O chamado da maternidade é espiritual, é sagrado — e é plenamente vivível na vida comum da mulher moderna.

Hoje, a mulher que carrega no ventre uma nova vida também carrega boletos, compromissos, reuniões, metas. Isso não a torna menos mãe, nem menos obediente ao seu chamado. A maternidade real continua sendo missão — mas agora acontece com os pés no chão da vida contemporânea.

Ser mãe hoje é também aprender a abrir mão — não necessariamente de um sucesso profissional ou de um status, mas muitas vezes de momentos simples: o silêncio, o tempo sozinha, o café quente. É morrer em pequenas coisas para viver a alegria de algo eterno.
Como disse uma amiga em um chá de bebê:

“Somos receptoras de uma nova vida.”

Deus poderia trazer pessoas ao mundo de qualquer maneira, mas escolheu fazê-lo por meio de nós, mulheres.
Isso é sagrado.

Por isso, a mãe cristã de hoje não precisa imitar as mulheres do passado para ser fiel ao seu chamado.
Ela pode ser quem é — com suas dores, alegrias, limitações e força — e ainda assim, viver plenamente o privilégio de gerar, cuidar, formar.

Maternidade Real

“Como flechas na mão do guerreiro, assim são os filhos da mocidade. Feliz o homem (e a mulher!) que enche deles a sua aljava” (Salmo 127:4-5).

Que sejamos mães reais, com corações entregues, mesmo cansadas, mesmo sem dar conta de tudo, mas firmadas na graça que nos sustenta, e convictas de que Deus nos escolheu — ainda hoje — para essa missão gloriosa.

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