Queridos irmãos e irmãs em Cristo,

Escrevo a vocês hoje como mãe e como cristã. A jornada da maternidade é uma das bênçãos mais significativas e desafiadoras que o Senhor nos concede. É um chamado que, para alguns, pode parecer intimidante, mas desejo compartilhar com vocês a beleza e o propósito profundo que os filhos trazem para nossas vidas, especialmente à luz das Escrituras.

A maternidade é um presente incomparável, uma jornada que transcende qualquer descrição verbal. Desde o momento em que segurei Isabel nos meus braços pela primeira vez, eu soube que tinha sido abençoada de uma forma que nunca poderia ter imaginado. Mas essa benção não veio sem desafios.
A verdade é que a maternidade é uma jornada de altos e baixos, uma tapeçaria tecida com fios de alegria e desafios. Há noites em que a exaustão parece esmagadora, dias em que as preocupações são tantas que mal cabem no peito. Mas, mesmo nos momentos mais difíceis, há algo inexplicavelmente maravilhoso em ser mãe.

Sim, criar um filho é um desafio, é uma jornada que requer paciência, dedicação e sacrifício. Mas é também a maior e mais gratificante experiência que alguém pode viver. É assistir ao milagre da vida se desdobrando diante dos seus olhos, é crescer e aprender junto com esse ser que você trouxe ao mundo.
E então, quando você vai olhando para trás, as noites em claro, as lágrimas derramadas, as dúvidas e incertezas, você percebe que cada momento tem valido a pena. Porque a verdadeira felicidade está nos laços de amor que se criam, nas memórias compartilhadas, nas pequenas vitórias do dia a dia.

Assim como o arqueiro cuida com destreza de suas flechas, preparando-as para serem lançadas com precisão, como o Salmo 127:3-5 nos lembra, também nós, como mães, somos chamadas a nutrir, instruir e guiar nossos filhos no caminho que devem seguir. Cada filho é uma herança dada por Deus, confiada a nós para que possamos prepará-los para o propósito que Ele tem para suas vidas.
Em Provérbios 22:6, lemos: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele”. Esta passagem nos lembra da responsabilidade e do privilégio de orientar as novas gerações.

Os filhos não são apenas um reflexo de nosso legado, mas também são agentes de mudança e esperança em um mundo muitas vezes marcado pela desesperança. Eles têm o poder de trazer alegria, amor incondicional e uma perspectiva renovada àqueles que os rodeiam.

Como mãe, posso testemunhar a alegria indescritível de ver a Isabel crescer e aprender sobre Nosso Deus. Cada desafio e sacrifício é superado pela imensurável recompensa de testemunhar o desenvolvimento de uma vida que é amada e cuidada.

Entendo que nem todos se sentem chamados a ter filhos. No entanto, para aqueles que estão em dúvida ou que escolheram conscientemente não ter filhos, gostaria de encorajar a reflexão sobre o impacto profundo que os filhos podem ter não apenas em suas vidas pessoais, mas também na comunidade e na sociedade como um todo.

Então, eu digo: não tenham medo das adversidades, pois são elas que tornam as vitórias ainda mais doces. Não deixem que o medo do desconhecido os impeça de experimentar a maior dádiva que a vida pode oferecer. Pois, no final das contas, a verdadeira riqueza está nos sorrisos dos nossos filhos, no amor que nos une e nos fortalece a cada dia.

Que o Senhor, que nos chama a sermos bons mordomos de suas preciosas flechas, nos guie e fortaleça em todos os nossos caminhos.

Com amor em Cristo,

[Uma mãe]