“Vocês são o sal da terra… vocês são a luz do mundo.” (Mateus 5:13–14)
Em um momento em que relatos de restrições a cultos evangélicos em universidades e espaços públicos ganham força — com exemplos como a UFRGS e a Udesc — nós, mães cristãs, sentimos uma tensão crescente. Isso nos causa preocupação — sim, um coração aflito de mãe — pois sabemos que somos sal da terra e luz do mundo (Mateus 5:13–14). Somos responsáveis por fomentar essa luz desde cedo nos nossos pequeninos.
1. Realidade nas Universidades: UFRGS e Udesc
Atualmente, há casos alarmantes:
- No dia 12 de agosto de 2025, estudantes do grupo Aviva Universitário na UFRGS foram impedidos de realizar um culto no anfiteatro externo. A reitoria negou o pedido por não ter caráter acadêmico, e o grupo acabou sendo retirado pela segurança com viaturas na entrada e mais de 500 jovens interrompendo seus cânticos em meio à intimidação (Gazeta do Povo).
- Na Udesc, grupo de oração da Cru vinha se reunindo no Ceart desde 2016. Em dezembro de 2024, a diretora-geral proibiu esses encontros através de redes sociais, ameaçando com medidas disciplinares, seguranças e até denúncia ao Ministério Público — tudo sem aviso formal. Após notificação da Anajure, as reuniões foram permitidas em outros espaços, mas o sinal foi claro: ter fé em público não é bem-vindo (Gazeta do Povo, UOL Notícias).
Isso reflete um ambiente crescente de hostilidade nas universidades. Estudantes relatam rótulos como “extrema-direita”, “fascistas”, “iluminados” e até “burros”, acusados de serem “vilões da democracia” simplesmente por expressarem sua fé (Gazeta do Povo, Guiame). Um verdadeiro “território hostil”, como bem descreve artigo reflexivo sobre cristianismo e universidade (O Farol).
2. O Que Isso Significa Para Nós, Mães
Como mãe cristã, o coração aperta ao saber que minha filha, daqui a alguns anos, poderá enfrentar isso: um professor que despreza a fé cristã, colegas zombando da Bíblia, sendo chamado de “crentezinho”. Eu mesma, quando era jovem, vivi isso: expressei vontade de estudar História, e o professor me disse que, ao entrar na faculdade, eu não seria mais cristã. Entrei na universidade e confirmei esse olhar de reprovação constante.
Lembro de uma professora de Antropologia que demonstrava ódio pela fé, falava dela em sala, inferindo que cristãos eram menos capazes. E vi colegas defensores dos cristãos — mesmo não sendo da nossa fé — perceberem como aquilo era desrespeito.
Imagine aqui, hoje, em escolas que incentivam a linguagem neutra, doutrinas que negam nossa base bíblica, ideologias que se infiltram nas mentes dos nossos filhos. Como mãe, eu me preocupo profundamente com o que minha bebê de 2 anos está absorvendo — um coração pequeno, mas pronto para aprender a verdade do Evangelho.
3. O Chamado à Perseverança na Educação Espiritual
A Palavra de Deus nos chama para perseverar. E isso começa em casa. Desde o berço, minha filha ouve sobre Jesus — sim, em uma linguagem suave, um cântico cristão, um versinho da bíblia. Ainda que ela tenha só 2 anos, as sementes da fé precisam ser lançadas desde cedo.
Pesquisas mostram que, neurologicamente, o córtex pré-frontal — responsável por raciocínio complexo — só amadurece muito depois. Porém, quando algo é apresentado repetidamente desde a infância, torna-se familiar e acessível na idade adulta. Isso aumenta a chance de que, na adolescência ou juventude, elas abracem a fé já conhecida, e não se sintam reféns de ideologias que prometem “o mundo”, mas roubam a alma.
A Ciência Apoia o Ensino Precoce
Mesmo que nossa filha não se lembre conscientemente das histórias que ouve aos 2 anos, a ciência mostra que a memória forma bases invisíveis que moldam nosso comportamento e identidade futura:
- A amnésia infantil explica que muitas experiências antes dos 2–3 anos se tornam inacessíveis à memória consciente. No entanto, esses registros permanecem na estrutura cerebral, influenciando quem nos tornamos The Guardian.
- O hipocampo, essencial para a forma e o armazenamento dessas memórias, está em desenvolvimento nessa fase — mas é capaz de registrar estímulos repetitivos ou emocionalmente marcantes Le Monde.fr.
- A partir dos 21–28 meses, a memória de longo prazo já demonstra maior estabilidade, especialmente quando acompanhada por linguagem e repetição (como versinhos bíblicos, histórias, canções) Nature.
- Estudos mostram que o córtex pré-frontal (cento do raciocínio, tomada de decisão) cresce de forma acelerada nos primeiros anos. Experiências precoces — positivas e estruturadas — influenciam esse desenvolvimento cerebral, especialmente se forem ricas em narrativa e instrução amorosa PMCPubMed.
- Além disso, pesquisas revelam que mesmo bebês e lactentes de 8 meses já envolvem o pré-frontal dorsal em tarefas que envolvem regras hierárquicas e generalização — ou seja, estruturas de aprendizado mais complexas emergem cedo PubMed.
- A plasticidade cerebral, sobretudo nos primeiros anos, é a mais alta ao longo da vida. Estímulos educativos e espirituais ajudam a moldar conexões neurais com profundidade — e como demonstrado na pesquisa com roedores, aprendizados têm impacto estrutural duradouro Wikipedia+1.
- A brincadeira (learning through play) é componente essencial nessa fase, promovendo cognição, expressão, linguagem e autonomia — conectando afeto e ensino em uma dinâmica que aproveita a neuroplasticidade da infância Wikipedia.
Essas evidências reforçam: o que ensinamos agora forma os alicerces de aprendizado futuro.
Nós, portanto, como mães, precisamos perseverar com ensino bíblico: histórias de Jesus, salmos, versículos simples. Não podemos deixar o mundo afirmar o vazio enquanto nossos lares se calam. A fé se fortalece com amor, presença, conversa e rotina espiritual — um simples momento antes de dormir, uma oração ao acordar, um cântico à tarde.
4. O Perigo do Silêncio e da Indiferença
Muitas vezes, temos medo de parecer “caretas”, “religiosos demais”. Mas a Bíblia afirma que somos “sal da terra e luz do mundo”. Se silenciarmos em casa, como vamos brilhar em meio à escuridão? Os valores que ignoramos podem ser apropriados pelo mundo — moda sensual para crianças, educação relativista, linguagem neutra como imposição moral — tudo isso se infiltra e molda nossos pequenos até que “parecem não ouvir mais Deus”.
Isso acontece porque, muitas vezes, quem ensina à criança não é o sábio, mas o mundo: a escola, os vídeos, os colegas. E se a mãe não ensina, quem vai? É urgente retomarmos nosso papel. Começando com conversa amorosa, leituras bíblicas simples, música com fundamento, exemplos de oração. E, principalmente, mostrando que é possível viver essa fé com integridade e alegria, mesmo quando o ambiente é hostil.
5. Conclusão: Perseverança como Legado
Queridas mães, nossa responsabilidade é imensa — mas nossa ajuda vem de Deus. Devemos incentivar nossos filhos a perseverar na fé. Cada instante de ensino, cada oração, cada exemplo de integridade, é um tijolo na construção de um caráter que resistirá às pressões da universidade, da mídia, do ambiente profissional.
Por isso, nosso chamado é de perseverança: perseverar na fé em casa, mesmo que o mundo lá fora pareça fechado. Perseverar no ensino bíblico, por mais que outros digam que isso é antiquado. Perseverar como sal e luz, sabendo que Deus prepara corações desde muito cedo.
Que possamos, com esperança, afirmar: minha filha será sal. Minha filha será luz. Mesmo que o mundo diga que isso é antiquado, preconceito, ou “não acadêmico”. Porque nossa fé é legítima, nossa base é sólida, nossa responsabilidade é clara. E nosso legado? Um filho adulto que mantém sua fé, que ama a Cristo, que é luz na universidade, no trabalho e na família.